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Gabriela Chiericatti

Rotulagem nutricional para pessoas com alergias alimentares

De acordo com a Associação Brasileira de Alergias e Imunologia (ASBAI) existem cerca

de 200 a 250 milhões de indivíduos no mundo que apresentam pelo menos algum tipo de

alergia alimentar. Diante desse grande número de afetados fica o questionamento, o que

causam essas alergias alimentares?


O grande causador das alergias são os alérgenos, substâncias estranhas ao organismo capazes de desencadear uma resposta imunológica através da produção de anticorpos.

Estas respostas imunológicas, podem causar reações alérgicas denominadas como anafilaxia e em alguns casos podem levar ao óbito, caso não sejam tratadas rapidamente. Diante dos perigos e efeitos das alergias alimentares e do alto número de pessoas com alguma delas, vem crescendo a curiosidade da população por conhecer o que estão consumindo, e esta curiosidade é suprida principalmente pelas rotulagens nutricionais.


O que são rotulagens nutricionais?


No Brasil, o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar as rotulagens é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de acordo com ela, uma rotulagem nutricional é uma descrição destinada a fornecer informações ao consumidor sobre os componentes de cada produto alimentício. As rotulagens informam ao consumidor, dados como valor nutricional dos alimentos, propriedades bioquímicas, presença de alergênicos, data de validade, porção recomendada, entre outras informações.


Portanto, uma das obrigatoriedades da Anvisa para as rotulagens nutricionais, é a presença de informações acerca dos alérgenos presentes no produto. Desta forma, de acordo com a RDC 26 de 2015 algumas regras são impostas, tais como quais alimentos devem ser obrigatoriamente declarados e como eles devem ser declarados.


mão apontando o indicador para o rótulo de um alimento industrializado.

Mas quais componentes devem ser declarados?


De acordo com a Anvisa, todos os ingredientes devem ser mencionados na lista de ingredientes presentes nos rótulos. Os alergênicos tem uma determinação especial, devido aos seus impactos na população com alta frequência e abrangência. O órgão já identificou mais de 170 alimentos causadores de alergias alimentares, porém alguns alimentos possuem um potencial alergênico maior, devido a frequência em que seus impactos ocorrem. Em razão a isto, estes que possuem maior potencial a provocarem reações alérgicas, devem ser declarados separadamente, em uma lista de alergênicos.


Segue abaixo a lista destes alimentos alergênicos imprescindíveis a serem declarados:

● Trigo, centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas, crustáceos, ovos, peixes, amendoim, soja, leites de todas as espécies de animais mamíferos, amêndoas, avelãs, castanha-de-caju, castanha-do-brasil ou castanha-do-pará, macadâmias, nozes, pecãs, pistaches, pinoli, castanhas e látex natural devem ser declarados obrigatoriamente na lista de alergênicos.

● Devem ser declarados separadamente da lista de alergênicos a presença de Glúten e de Lactose.


Consequências de alergias alimentares e a necessidade de uma boa rotulagem.


Visto algumas das tantas regras que são impostas para a declaração de alimentos alergênicos nos produtos comercializados, pode-se perceber a magnitude dos impactos das alergias alimentares na população. Essas alergias podem causar anafilaxia alimentar, caracterizada por diversos sintomas severos como náuseas, vômitos, diarreia, coriza intensa, espirros, tosse, broncoespasmo, edema laríngeo e até mesmo apneia, ou seja, falta de ar, e a presença destes sintomas em estágios avançados e não sendo tratados, podem levar à morte do consumidor em poucos minutos.





Portanto, é essencial a utilização de uma excelente rotulagem nos produtos comercializados, para que assim, o consumidor tenha total conhecimento a respeito de quais alimentos estão sendo consumidos por ele, não tendo a chance de acarretar sérios problemas à sua saúde.


A Farmácia Jr. se preocupa com o seu cliente e trabalha com diversas soluções na área de alimentos, incluindo rotulagem nutricional. Se você se interessa por esse tipo de conteúdo e quer saber mais ou atua no mercado de alimentos, não deixe de conferir nosso site e entrar em contato conosco!


REFERÊNCIAS

ABBAS, Abul K.; PILLAI,Shiv; LICHTMAN, Andrew H.. Imunologia:Celular e Molecular. 9

ed. Rio De Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2019.ISBN: 9788535290745

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Guia n 05/2018 - Versão 2, de 16 de

outubro de 2018


ARRUDA, L. Karla ; MELO, Janaina M. L. The allergy epidemics: why are allergies

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v. 3, n. 1, 2015.


Associação de Gastroenterologia do Rio de Janeiro.Anvisa aprova norma sobre


CAVADA, Giovanna da Silva; PAIVA, Flávia Fernandes; HELBIG, Elizabete; et al.

Rotulagem nutricional: você sabe o que está comendo? Brazilian Journal of Food

Technology, v. 15, n. spe, p. 84–88, 2012.


Guia Grupo de Urticária. Anafilaxia -. Guia Grupo de Urticária. Disponível em:


Jornal de Pediatria, v. 93, p. 53–59, 2017. Disponível em:


SARINHO, Emanuel ; LINS;MOURA, Maria das Graças. Severe forms of food allergy.

BRASIL, Resolução RDC n 26, de 2 de julho de 2015.pdf — Português (Brasil).

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