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Lyandra Maciel

Os tipos de interações medicamentosas mais frequentes

Com a pandemia do novo coronavírus, muito tem-se falado do uso de medicamentos e diferentes associações destes, como a hidroxicloroquina e azitromicina. Mas será mesmo seguro associá-los e fazer a automedicação sem orientação farmacêutica ou médica? Nessa discussão surgem termos e definições que não são tão conhecidos, o que vamos explicar nesse post.


O que interação medicamentosa?

É o nome dado a eventualidades clínicas causadas pelas seguintes associações: medicamento-medicamento, medicamento-alimento ou então um medicamento-droga, que pode ser, por exemplo, álcool ou substâncias ilícitas. A interação medicamentosa pode gerar vários efeitos, como o aumento ou diminuição da absorção, metabolização e/ou eliminação do fármaco administrado.

Essas interações geralmente vêm acompanhadas de uma situação-problema muito comum no Brasil que é a polifarmácia – uso simultâneo de diversos medicamentos, algumas vezes, não essenciais ao paciente e que afeta principalmente a população idosa – e para evitar tais adversidades é sempre necessária a leitura atenta da bula dos medicamentos e a orientação profissional.



Aqui separamos uma lista de 6 interações medicamentosas recorrentes:


1. Anticoncepcionais orais e anti-hipertensivos: a maioria dos anticoncepcionais podem elevar a pressão arterial, anulando a ação dos anti-hipertensivos.

2. Digoxina e diazepam: pode ocorrer redução da excreção renal da digoxina, o que leva ao seu aumento da meia vida plasmática e risco de toxicidade.

3. Anticoagulantes orais e anticoncepcionais orais: os anticoagulantes podem ter seus efeitos diminuídos pela ação dos anticoncepcionais.

4. Bebidas alcoólicas e ansiolíticos; hipnóticos e sedativos: uma interação muito comum é a potencialização do efeito depressor do sistema nervoso central (SNC) do álcool por ansiolíticos, hipnóticos e sedativos. Esse efeito pode resultar em depressão respiratória, falência cardiovascular ou até mesmo levar à morte.

5. Ácido acetilsalicílico (AAS) e captopril: o captopril pode ter sua ação anti-hipertensiva diminuída pelo AAS.

6. Omeprazol e fenobarbital: a associação desses dois medicamentos pode potencializar a ação do fenobarbital que é um anticonvulsivante.


Aqui devemos ressaltar a importância da profissão farmacêutica tanto na orientação do uso racional dos medicamentos, como nos estudos e desenvolvimento desses. Cabe citar aqui, a quarta e última fase da pesquisa clínica de um novo medicamento, também chamada de Farmacovigilância, onde o farmacêutico obtém o conhecimento de detalhes adicionais sobre a segurança, eficácia do produto e detecção de efeitos adversos, assim como os fatores de risco relacionados, como as interações medicamentosas.


Para saber mais sobre esse assunto e muitos outros, acesse nosso site e nos siga nas redes sociais. Você também pode se interessar por esse outro post: Medicamento genérico X Referência.


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